A cada início de ano letivo a ansiedade apodera-se de nós,
enquanto encarregados de educação, já que se inicia também um rol de
preocupações subjacentes à vida escolar dos nossos filhos. Mas, não me refiro a
esse conjunto de preocupações, afinal de contas é a principal senão única
tarefa a que estão acometidos, refiro-me a todo um conjunto de inquietações que
nos aumentam as palpitações cardíacas, pela dinâmica dos tempos, que nos obriga
estar desligados por tempo demasiado longo, confiando-os à guarda da nossa
escola. É certo e sabido que a escola está estruturada para proporcionar todas
as competências em matéria escolar, reservada que está a educação ao seio
familiar, no sentido de dotar e formar os nossos educandos, preparando-os para
uma vivência social e laboral num MUNDO cada vez mais competitivo.
Se o objetivo do percurso escolar é dotá-los de competências que
os tornem ao mesmo tempo cidadãos mais responsáveis, há fatores externos à
aprendizagem que ao longo desse mesmo percurso escolar os testam e os desafiam,
e é neste ponto que a palpitação aumenta. Não que a escola não seja um local
seguro, mas tal como a dinâmica das nossas vidas, enquanto pais e/ou
encarregados de educação, também os desafios que se colocam à própria escola,
enquanto estrutura orientada também por estímulos que, tal como aos
encarregados de educação e aos próprios alunos, poder-se-ão tornar perniciosos
ao objetivo principal, num tempo em que cada vez mais necessitamos TODOS de
estar mais ATENTOS e VIGILANTES.
A. Pais Batalha ( in Jornal O Alfabeto - Novembro 2015)
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