Reuniu-se no passado dia 26 o
Conselho Geral do Agrupamento de Escolas da Batalha(AEB) , em cuja reunião
entre outros temas da vida daquela instituição, foi aflorada a situação actual
da municipalização ou descentralização de competências do sector escolar para
os Municípios.
Sobre esta temática, que muita tinta tem feito correr na imprensa, com opiniões divergentes vindas a
público, também das diversas partes visadas na proposta do Governo, pronunciou-se o Presidente do Município da Batalha,
Paulo Batista dos Santos, a propósito da contextualização do contrato interadministrativo
que o Ministério da Educação (MEC) quer
firmar com os diversos Municípios envolvidos, entre eles, no distrito, o da Batalha
e de Óbidos. Sendo certo que as negociações correm de forma divergente, face
aos interesses em presença, assim como da particularidade de cada Município
envolvido, Paulo Batista esclareceu aos membros do CG que o Município da Batalha tem procurado, e em sintonia com a Direcção do AEB, assegurar as
contrapartidas necessárias à transferência das competências, com a componente financeira
salvaguardada, para que a Batalha seja beneficiada, dado o actual estado das
instalações escolares, nomeadamente no que concerne à escola sede, gorado que
foi o projecto da Parque Escolar. Intervenção em perspetiva que carece de algum
cuidado para que sejam garantidas as condições de resposta à ansiedade de toda a
comunidade escolar. Não só pelo facto de haver uma maior responsabilidade futura
com todos os edifícios do parque escolar concelhio, como também do pessoal não
docente e que estava afecto ao MEC, que, passará para a esfera do Município,
antevendo-se aqui ganhos pela proximidade e de reposta directa a situações que
actualmente enfermam de alguma morosidade e de dependência financeira do poder
central, factos estes suficientes para que o Município tenha querido sentar-se
à mesa para discutir a proposta governamental.
Contudo, de tudo o que se tem
dito, nada está decidido, havendo posições contraditórias, face à forma como o
processo tem sido conduzido, pelo que e a seu tempo, afiançou o Presidente, a
comunidade educativa, através do órgão máximo do AEB, o Conselho Geral , será
chamado a pronunciar-se sobre o modelo que vier a ser adoptado para o Município
da Batalha, caso estejam reunidas e salvaguardadas todas as condições que o
mesmo entenda necessárias e garantes de que o passo que vier a ser dado não
defraudará as intenções da autarquia batalhense em dotar o concelho de
condições dignas para os seus alunos, até como justiça pelos excelentes
resultados escolares com que o AEB nos tem habituado.
Há situações não contempladas no contrato e que o Município não abrirá mão, defendeu, caso isso não seja revertido e no interesse do concelho da Batalha, abandonaremos a proposta, com a certeza que nesta fase ainda há margem negocial, no futuro, as intenções do governo poderão materializar-se ao arrepio das maiores ou menores pretensões que possam estar em jogo, dai esta disponibilidade para se sentar na mesa das negociações, não querendo o Município assumir responsabilidades futuras para as quais não terá capacidade de resposta nos diversos domínios, no caso em apreço no sector da educação.
Em síntese foram estes os pontos-chave
e que aqui damos nota como forma de comunicar aos pais e encarregados de
educação do AEB, que a Associação de Pais estará atenta a todo o desenrolar deste
processo e que na devida altura pronunciar-se-á sobre esta matéria, já que nada
há de concreto para decidir nem tem competência legal para o efeito, tudo está
ainda em discussão, assim como se disponibilizará para a todo o momento e caso
as estruturas intervenientes entendam que deveremos ser auscultadas, de forma
responsável, possamos dar o nosso contributo sempre em prol de uma escola pública
melhor para os nossos alunos.
A Direcção
Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa.
Especializou-se em Direito da Educação e Direito dos Menores, áreas em que trabalha como jurista.
2 comentários:
Com a generalidade dos professores contra (85%) e igual posição dos funcionários é urgente a mobilização dos Pais para evitar a destruição de uma Escola que se distingue pela sua qualidade e que tão bem serve a nossa comunidade. Não levem a politica partidária para a escola e, em nome dos nossos filhos, respeitem os professores.
Com a generalidade dos professores contra (85%) e igual posição dos funcionários é urgente a mobilização dos Pais para evitar a destruição de uma Escola que se distingue pela sua qualidade e que tão bem serve a nossa comunidade. Não levem a politica partidária para a escola e, em nome dos nossos filhos, respeitem os professores.
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