30 de novembro de 2013

Um país de filhos únicos


Joana Pereira Bastos e Raquel Moleiro - 30

Portugal transformou-se num país de filhos únicos. E nunca mais voltará a atingir 2,1 filhos por mulher, o patamar mínimo para a renovação das gerações. A perda de população é inevitável.
 Segundo o último Inquérito à Fecundidade, que não era realizado desde 1997,os portugueses em idade fértil têm apenas 1,03 filhos e, no máximo, admitem vir a ter 1,77. Metade das pessoas em idade fértil (51% das mulheres e 46% dos homens) já tem filhos e não planeia ter mais. Se a estes juntarmos os cerca de 10% que não têm, nem querem ter, a maioria da população em idade de conceber não terá mais descendência.
As dificuldades económicas são apontadas como principal motivo para justificar a decisão de não ter filhos ou não ter mais filhos, mas a crise está longe de explicar tudo. A verdade é que a sociedade mudou.
 

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