6 de abril de 2012

Mãe põe em causa acordo ortográfico nas escolas e dirige carta a Nuno Crato

Ministério da Educação recebeu cerca de uma dezena de reclamações e pedidos de esclarecimento a respeito do acordo.

05.04.2012 - Por Clara Viana
 
Em Setembro passado, a filha de sete anos de Madalena Cardoso, médica, começou a aprender a escrever segundo as normas do Acordo Ortográfico (AO), implementado este ano lectivo nas escolas do ensino básico e secundário. No final de Março, sete meses depois do início da experiência, Madalena Cardoso escreveu uma carta ao ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, comunicando-lhe que não pode "de forma alguma autorizar" que a sua filha continue a ser ensinada "de modo não conforme à ortografia actualmente em vigor".

Em resposta a questões do PÚBLICO, o gabinete de imprensa do ministério indicou que, desde Setembro passado, foi recebida cerca de uma dezena de reclamações e pedidos de esclarecimento a propósito do AO. A carta de Madalena Cardoso "está a ser analisada", acrescentou.

Já o provedor de Justiça recebeu, recentemente, uma queixa contra o presidente do Centro Cultural de Belém, Vasco Graça Moura, por este ter decidido, em Fevereiro, suspender a aplicação do Acordo Ortográfico no CCB.
                  


Segurança
Actos contra a honra e o bom nome das pessoas estão a aumentar nas escolas 

06.04.2012 -  Por Clara Viana

Os actos contra a honra e o bom nome das pessoas têm estado a aumentar nas escolas do ensino básico e secundário, revelam os dados sobre segurança no meio escolar ontem divulgados pelo Ministério da Educação e Ciência.



No ano lectivo passado, corresponderam a 13,9% das 3326 ocorrências participadas pelas escolas. Em 2009/10, com 3138 ocorrências, esta percentagem era de 11,4%.

Por comparação ao ano anterior, em 2010/2011 registou-se também um ligeiro aumento de participações relativas à posse/uso de armas (2% para 2,7%) e de estupefacientes e substâncias psicotrópicas (de 2% para 2,4%). Mantém-se o predomínio dos actos contra a liberdade e integridade física de pessoas, embora com um pequeno decréscimo (de 46,7 para 46,1%), que se deve sobretudo a uma redução de agressões a professores: o número de casos relatados passou de 169 para 140. Já os casos de agressões entre alunos e a funcionários aumentaram de 844 para 874 e de 102 para 107, respectivamente.

O furto de dinheiro passou para segundo lugar entre as ocorrências de roubo (26% contra 19,2% no ano anterior), mas os telemóveis continuam a liderar a lista.

Só 11% dos mais de mil agrupamentos participaram ocorrências. No ano anterior tinham sido 8,5%. As escolas das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto continuam a ter o maior número de casos participados.

Ao contrário de anos anteriores, os dados ontem divulgados dizem apenas respeito às ocorrências registadas no interior das escolas.

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